No dia 22 de agosto de 1999, o voo 8969 da companhia Air France, que fazia a rota Argel-Paris, foi sequestrado por quatro terroristas do Grupo Islâmico Armado (GIA) argelino, que declararam pertencer à al-Qaeda. A aeronave, com 213 passageiros e 14 tripulantes a bordo, teve o seu destino alterado para Marselha, na França.

Após uma tensa negociação, as forças especiais do GIGN (Groupe d'intervention de la Gendarmerie nationale) invadiram o avião, matando todos os sequestradores e libertando os passageiros e tripulantes. Entretanto, o desfecho trágico dessa história ainda estava por vir.

Ao decolarem de Marselha, os pilotos perceberam que o avião estava com um problema no trem de pouso dianteiro. Os esforços para resolvê-lo foram em vão e, durante a tentativa de pouso emergencial no Aeroporto Internacional de Nice, a aeronave caiu e explodiu.

O acidente deixou 113 vítimas fatais, sendo 96 passageiros e 17 tripulantes, sendo considerado uma das maiores tragédias na história da aviação francesa. O laudo sobre as causas do acidente apontou que uma das razões para a queda foi a falha dos pilotos em seguir os protocolos de emergência, deixando de executar manobras que poderiam ter evitado a tragédia.

Após o acidente, foram implementadas diversas medidas de segurança aérea, como a adoção de novos protocolos para lidar com situações de emergência e o reforço da segurança nos aeroportos e nas aeronaves. Além disso, a investigação sobre o acidente levou à criação de novas tecnologias e equipamentos para prevenir problemas no trem de pouso e outros sistemas das aeronaves.

Mesmo após mais de duas décadas, o acidente aéreo de 22 de agosto de 1999 continua marcando a história da aviação mundial e sendo um lembrete constante sobre a importância da segurança nas viagens aéreas.